Como interpretar a Bíblia corretamente com 10 dicas
10 Princípios Básicos da interpretação da Bíblia
Porque existem tantas interpretações diferentes das Escrituras Sagradas? Porque muitos acusam a Bíblia de contradições?
Observe que um analfabeto funcional é aquele que sabe ler mas não consegue entender o que lê, simplesmente porque não consegue interpretar o texto que acabou de ler. Assim acontece com aqueles que acusam a Bíblia de contradições, eles leem e não entendem o que leem porque simplesmente não conseguem interpretar, pelo fato de a Bíblia não ser um livro comum.
Apesar da Bíblia ter mais de 40 autores, todos eles foram inspirado por um só: Deus. Por tanto, os livros se completam entre si, existe uma harmonia entre eles, e quem não segue regras básicas e coerentes de interpretação fica perdido. Sem contar que a Bíblia alem de conter fatos históricos, genealogias, eventos, previsões etc, ela é um conjunto de livros com mensagens espirituais.
Por tanto vamos ao que interessa:
Vamos falar sobre os 10 Princípios Básicos da interpretação da Bíblia:
É bom ressaltar que nenhum destes princípios de interpretação substitui a direção do Espirito Santo, por tanto, antes de tudo, não se esqueça que uma oração pedindo a sabedoria de Deus para entender a Bíblia que é uma necessidade básica de qualquer leitura Bíblica.
Dito isto, eis aqui os dez princípios que devem ser seguidos por quem deseja interpretar corretamente a Bíblia:
1° – NÃO HÁ CONTRADIÇÃO. Denomina-se princípio da unidade escriturística. Sob a inspiração divina a Bíblia ensina apenas uma teologia. Não pode haver diferença doutrinária entre um livro e outro da Bíblia.
2° – A BÍBLIA EXPLICA A BÍBLIA. Deixe a Bíblia interpretar a própria Bíblia. Este princípio vem da Reforma Protestante. A Bíblia não está incompleta e nenhum outro livro pode completá-la.
3° – NUNCA ISOLAR UM VERSO. Jamais esquecer a Regra Áurea da Interpretação, chamada por Orígenes de Analogia da Fé. O texto deve ser interpretado através do conjunto das Escrituras e nunca através de textos isolados.
4° – VEJA O CONTEXTO. Sempre ter em vista o contexto. Ler o que está antes e o que vem depois para concluir aquilo que o autor tinha em mente.
5° – SENTIDO LITERAL. Primeiro procura-se o sentido literal, a menos que as evidências demonstrem que este é figurado.
6° – USE VARIAS TRADUÇÕES. Ler o texto em todas as traduções possíveis – antigas e modernas. Muitas vezes uma destas traduções nos traz luz sobre o que o autor queria dizer.
7° – UM SENTIDO UMA INTERPRETAÇÃO. Apenas um sentido deve ser procurado em cada texto. Uma coisa é o sentido literal outra é sua aplicação. Por exemplo, quando Pedro afundou no mar depois de andar sobre as aguas, significa que literalmente ele andou sobre as aguas e quase se afogou, fato que isso aconteceu, mas pode ser aplicado como uma mensagem de que “você não pode afundar nas circunstancias”.
8° – ACHISMO NÃO É INTERPRETAÇÃO. O trabalho de interpretação é científico (inteligível), por isso deve ser feito com isenção de ânimo e desprendido de qualquer preconceito. (o que poderíamos chamar de “achismos”).
9° – FAZER PERGUNTAS. Aprender a ler cuidadosamente o texto e fazer algumas perguntas relacionadas com a passagem para chegar a conclusões circunstanciais. Por exemplo:
a) – Quem escreveu?
b) – Qual o tempo e o lugar em que escreveu?
c) – Por que escreveu?
d) – A quem se dirigia o escritor?
e) – O que o autor queria dizer
10° – INTERPRETAÇÃO CONCLUÍDA. Feita a exegese, se o resultado obtido contrariar os princípios fundamentais da Bíblia, ele deve ser colocado de lado e o trabalho exegético recomeçado novamente porque na Bíblia não tem contradição.
Nota
Definição de Exegese: Guiar para fora dos pensamentos que o escritor tinha quando escreveu um dado documento, isto é, literalmente significa “tirar de dentro para fora”, interpretar.
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