A verdade sobre o dizimo
Dízimo é da lei ou da graça? Afinal devem ou não os cristãos darem o dizimo hoje?
O DÍZIMO E A LEI DE MOISÉS
O dízimo é dez por cento (10%) de toda renda, que biblicamente pertence a Deus. É uma prática antiga realizada por todos os que temem a Deus segundo as Escrituras.
Existe certa polemica envolvendo a pratica dos dizimos por parte daqueles que afirmam que o dizimo é do Antigo Testamento ou da lei e por isso não se deve praticar nos dias de hoje, será?
Se o dizimo é da lei, então porque Abraão deu o dizimo? Você sabia que ele viveu antes do surgimento da lei?
A palavra Antigo Testamento, que inclusive palavra esta que não está na bíblia, foi criada depois da formação da Biblia cristã para se referir aos seus livros de Gênesis a Malaquias, que compreende o Torá dos judeus.
NOÇÃO DE ÉPOCAS OU DISPENSAÇÕES
Muitos pensam erroneamente que tudo o que está nos escrito do Antigo Testamento se refere a época da lei, porque não entendem que no antigo Testamento compreende varias épocas ou dispensações:
- Dispensação da INOCÊNCIA (A partir de Adão antes do pecado)
- Dispensação da CONSCIÊNCIA (Depois do pecado)
- Dispensação do GOVERNO HUMANO (A partir de Noé)
- Dispensação da PROMESSA (A partir de Abraão)
- Dispensação da LEI (A partir de Moisés)
Uma coisa é o Antigo Testamento, livros de Gênesis a Malaquias, outra coisa é a Antiga Aliança, pacto que Deus fez com seu povo através de sangue de animais e da promulgação de suas leis através de Moisés que é chamado teologicamente da dispensação da lei que vai até Jesus Cristo.
Por tanto o dizimo não é da lei, a pratica do dizimo se iniciou antes da lei, Abraão não viveu pela lei assim como nós não vivemos, mas mesmo assim ele praticava o dizimo. O dizimo foi inserido na lei depois.
A PRIMEIRA VEZ QUE APARECE O DIZIMO
A primeira vez que ele aparece na Bíblia é em Gênesis 14:18-21, quando Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, rei de Salém: “E Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe pão e vinho e o abençoou, dizendo: Bendito seja Abraão do Deus Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra, e bendito seja Deus Altíssimo que entregou teus inimigos em tuas mãos. Abraão deu o dízimo de tudo”.
Nesta ceia foi feita uma aliança, pois aliança é feita sempre por duas partes, as duas partes tem que ser fiel, se uma é infiel a aliança deixa de existir.
É como o casamento, ninguém se casa sozinho, tem que haver as duas partes. Abraão tomou a santa ceia, aceitou o compromisso e expressou a sua fidelidade, deu a sua parte na aliança que foi o dizimo.
A ceia é dada como parte de Deus na aliança e o dizimo é dado pela parte do homem, logo se não há o dizimo, expressão da fidelidade, obediência, uma parte esta incompleta, então não há aliança.
DIZIMO NO NOVO TESTAMENTO
Como provarmos que Abraão realmente tomou a ceia, se Jesus Cristo não havia ainda vindo neste mundo?
Como explicarmos este pacto no novo testamento?
Como transpor esta aliança de sangue para os dias atuais, no tempo da graça?
Primeiro, Abraão não estava no tempo da lei, pois a lei veio por Moisés, centenas de anos depois.
Segundo, Melquisedeque representava a Cristo, ou podia ser até Ele mesmo, há um mistério aí. Jesus não havia vindo ao mundo, mas ele já existia, pois sempre existiu( Luc.1:1-3).
A bíblia diz que Ele viu a Abraão (João 8:56-59). A bíblia diz que Melquisedeque não tinha genealogia, nem pai nem mãe, nem principio de dias, mas feito semelhante ao filho de Deus (Heb.7).
Mas independente disso a verdade é que Jesus disse que o pão é o seu corpo e o vinho o seu sangue, isto é um fato, e sua palavra afirma que Jesus é sumo sacerdote da ordem de Melquisedeque (Luc 22:19; I Cor.10:16; 11:25-27; Heb 7).
Terceiro, a bíblia diz que quem é de Jesus é descendente de Abraão, por isso nós somos filhos de Abraão pela fé em Cristo e herdeiros da promessa.(Gal.3:7-9, 29)
Por tanto se Melquisedeque entregou a ceia e recebeu o dizimo de Abraão, e se nós somos descendência dele precisamos de um Melquisedeque, Jesus é nosso Melquisedeque, que já veio e deu o seu corpo e seu sangue, fazendo conosco uma nova aliança, a qual nós participamos.
Os anti-dizimos ou anti-templistas
Freqüentemente tem aparecido pessoas que insistem em dizer que o dízimo é parte da Lei do Antigo Testamento e não uma exigência para os crentes de hoje que estão debaixo da Graça e não da Lei.
Estes são os mesmos que não frequentam ou não assumem compromisso em nenhuma igreja porque preferem não se submeter a autoridade eclesiástica alguma.
Mas, como demonstrado nos versículos acima, não é bem assim. O dízimo é anterior à lei.
O fundamento do dizimo não é a Lei, e sim a Fé. Quem é o primeiro homem a oferecer o seu dízimo nas Escrituras Sagradas? Abraão.
“Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.” (GL 3:7)
Se os que têm fé são filhos de Abraão, podemos dizer que as escrituras dizem que Abraão é o pai dos que têm fé. Abraão não deu seu dízimo por que a Lei ordenava como a vimos, nem existia ainda.
Nem se quer Abraão era judeu. Já ouvi muitas pessoas dizerem que o dizimo é para tribo de Levi ou ordenança somente para os judeus, pois bem, Abraão não era judeu e nem Melquisedeque. De Abraão surgiram os hebreus e os árabes, através de Isaque, Ismael e outros filhos seus.
Ele deu seu dízimo por que tinha fé. Porque cria que Deus era a fonte de tudo em sua vida. Glória Deus! Este é um princípio tremendo para as nossas vidas.
Trazer o seu dízimo a casa de Deus é um ato de gratidão, de amor e reconhecimento, por tudo que ele te tem feito, não deve ser por obrigação. Ele deu o seu corpo e o seu sangue por você: “O Rei Justo te trouxe pão e vinho!”
Os que são da fé são dizimistas, porque acreditam que Deus é o seu sustentador e não sentem dificuldade em “dizimar” a Ele. Abraão deu o seu dízimo muito antes que ele fosse inserido na Lei de Moises.
Quando entregamos os nossos dízimos nós estamos levando todos os nossos bens para dentro da vontade de Deus.
Estamos dizendo que Deus é o nosso provedor, a fonte da qual bebemos. Abraão sem dúvidas nos deixou um legado espiritual fantástico. Abraão compreendia essas coisas, e as praticava de todo coração. Veja Gn.13. 7 a 13.
QUAL É O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO DÍZIMO? PORQUE NÓS O ENTREGAMOS?
O dízimo é para reconhecer que Deus é o Senhor de todas as coisas. Quando alguém dá o seu dízimo reconhece que Deus é o Senhor, não só o Senhor de sua vida, mas também do que produz. O significado mais profundo do dízimo é que todos (100%) pertencem a Deus.
Todos (100%) pertence a Deus; entregamos 10% para que possamos ter o privilégio de usar os outros 90%.
O Senhor disse: “Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo e a sua plenitude” “por acaso eu tenho que comer a carne de touros, ou beber sangue de bodes?”
“Ofereça a Deus ações de graças, cumpra seus votos para com o Altíssimo, e invoca-me no dia da da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás “. (Salmo 50: 12-15).
Em outras palavras, Deus deixa claro que, se ele precisasse de dinheiro não nos pediria pois tudo pertence a Ele!
O propósito do dízimo não era para consagrar a colheita, mas sim “desconsagrarla”. Porque tudo o que pertence a Deus, até que a primeira parcela, o dízimo, fosse oferecido e aceito em vez dos 100%.
Só depois de fazer isto o homem poderia usar os outros 90% para si. O dízimo representa o Primogênito de Deus, Jesus Cristo, o Filho do Altíssimo, que foi dado aos homens por Deus, para assim resgatá-los para Ele.
Deus instituiu não somente os dízimos, mas como também as ofertas para o sustento da sua obra (Malaquias 3.0,10).
Os templos de hoje assim como no passado são sustentados com contribuições voluntarias, a obra de Deus, seja social, seja evangelismo, sejam missões, são tudo custeados através dos dízimos e ofertas.
Dentro de uma igreja todos somos beneficiados através desta contribuição voluntaria, ao entrar no templo, se ele está aberto o aluguel foi pago, ou houve uma construção que foi paga, na luz, no som, no banheiro ao usar a água, no bebedouro, em programas de rádio, TV, transmissões pela internet, cestas básicas, ações sociais e etc, tudo isso é fruto dos dízimos e ofertas voluntárias.
Quando alguém se nega a dar seu dizimo, se beneficia dos dízimos de outros. Seria justo se beneficiar de tudo isso e não fazer a própria parte colaborando com a obra?
JESUS CANCELOU O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO?
Claro que não. A prática do dízimo existe desde a Criação, muito antes da lei de Moisés, e não foi revogada por Jesus. Abraão pagou dízimos, Abel pagou dízimos, e todos viveram antes da Lei de Moisés.
O Senhor Jesus disse aos fariseus : “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei: a justiça, a misericórdia e a fé; faça estas coisas sem omitir aquelas “(Mateus 23:23).
Os fariseus deram o dízimo até mesmo das ervas, mas negligenciando outros assuntos mais importantes exigidos por lei.
Nesse versículo, Jesus não só aborda a questão do dízimo, mas também a justiça e o amar a Deus e o proximo. Em outras palavras: Muitos dão o dízimo e tem um sentimento de ódio ou rancor contra alguém, e acha que o dízimo vai cobrir seu pecado. Não, não vai.
Os cristãos não tem que pagar seus dízimos, os cristãos de verdade dão voluntariamente por amor e gratidão, ninguém “tem que dar”, “ser cobrado”, a contribuição seja de dízimos ou ofertas deve ser voluntaria, sem esquecer que amar ao próximo e perdoar não pode ser esquecido.
E OS DÍZIMOS EMPREGADOS DE FORMA ERRADA?
É fato que muitas igrejas utilizam de forma errada o dizimo, em todas as religiões e profissões existem pilantras, mas dizer que todas as igrejas o fazem de forma errada é uma especulação tendenciosa, pois ninguém conhece o trabalho de todas as igrejas verdadeiramente a não ser Deus.
Acaso você leitor conhece todas as igrejas evangélicas do Brasil? Conhece todos os pastores para dizer que são todos ladrões? Não.
O fato de apontar os erros de muitas igrejas no que se diz a respeito do dizimo e ofertas para não dar o dizimo é apenas uma desculpa para não contribuir. Se tal igreja aplica o dizimo de forma errada então procure aquela que o faça corretamente.
Ninguem é obrigado a dar o dizimo ou ofertas, isso sempre será um ato de fé e voluntario. Se existem igrejas que obrigam ou constrangem seus fieis a darem o dizimo, isso é um problema dessas igrejas e não da pratica do dizimo.
Se alguns não querem praticar tal ato, amém, é um direito de cada um. Mas tentar impedir que outros o façam através da deturpação das escrituras e dos fatos é lutar contra Deus, é ser uma pedra de tropeço na obra de Deus.
As igrejas evangélicas são as instituições que mais recuperam pessoas e restauram vidas neste país, a obra de Deus está sendo feita e aqueles que agem com interesses financeiros prestarão contas com o dono desta obra.
Cabe a cada um de nós examinarmos e escolhermos a igreja que trabalha conforme o evangelho.
Por isso é tão importante estudarmos a Biblia conforme Jesus nos ensinou, examinar, pesquisar, para que não nos deixemos levar por falsas doutrinas.
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